Investimentos12 de março de 2020 Tempo de Leitura: 3 minutos

Os efeitos do circuit breaker na Bolsa de Valores

Por Murilo Bássora

circuit breaker

ÍNDICE

Ao começar a aplicar na Bolsa de Valores, os investidores têm diversos tipos de mecanismos que impedem grandes prejuízos gerados pelas oscilações do mercado de ações, como o circuit breaker.

Essa ferramenta ganhou destaque dos grandes veículos de notícias ao ser acionado pela B3 no dia 9 de março de 2020, depois de três anos que foi utilizado pela última vez. 

Se você não sabe como essa decisão interfere nos seus investimentos ou como o circuit breaker afeta o Ibovespa — Índice da Bolsa de Valores —, acompanhe o artigo que a Nexoos preparou para que você entenda o atual cenário econômico para as suas aplicações.

Entenda o circuit breaker

O circuit breaker é conhecido como um mecanismo usado pela Bolsa de Valores (B3), quando as oscilações do mercado sofrem quedas bruscas e incomuns, paralisando todas as negociações.

Com a Bolsa de Valores parada, espera-se que haja equilíbrio entre o número de negociações — compra e venda de ações — o que evitaria uma nova oscilação atípica no Bovespa. 

Medidas como essa são tomadas em situações de crise nacional, o que geralmente afasta investidores do mercado de ações. Seja econômica, sanitária, social ou política, como aconteceu em 2017 com a delação do proprietário da JBS, Joesley Batista, que envolvia o então presidente Michel Temer em ações criminosas.

Qual a sua função para os investidores da Bolsa de Valores?

Assim como o Stop Loss é uma ferramenta do Home Broker, que protege o investidor de ter grandes perdas, a relação da Bolsa de Valores com o circuit breaker é a mesma.

Ele é usado para acalmar e proteger o capital aplicado do excesso de variação do Ibovespa naquele período. Além disso, esse mecanismo é usado como estratégia para evitar a saída coletiva de vários investidores, em decorrência da baixa desse índice. 

Como funciona?

Durante a história da Bolsa de Valores, o circuit breaker já foi acionado algumas vezes em seis anos diferentes, incluindo o ano de 2020. Na maioria das paralisações que foram registradas, a economia brasileira estava sofrendo efeitos de crises iniciadas em outros países e continentes.

Como ocorreu nos anos de 1997, 1998 e 2008. Nesses períodos aconteceram as crises financeiras nos países asiáticos, russos e estadunidenses, respectivamente, gerando consequências diretas no Brasil. 

Em todos esse casos, as regras do circuit breaker foram acionadas pela B3. Confira nos tópicos abaixo as três situações em que essa ferramenta pode ser utilizada para amenizar os efeitos do pregão.

10% do Ibovespa

A primeira medida só é tomada pela Bolsa de Valores quando o Ibovespa atinge o percentual de queda 10% de diferença em comparação ao valor de fechamento do dia anterior. Assim que o circuit breaker é acionado, todas as negociações param por 30 minutos, como aconteceu no dia 09 de março de 2020.

O índice Bovespa atingiu mais de 10%, refletindo a batalha de preços do petróleo, principalmente entre a Arábio Saudita e a Rússia, e também o pânico gerado pelo surto do COVID-19 — Coronavírus —, com mais de 100 mil casos confirmados pelo mundo, inclusive no Brasil. 

15% do Ibovespa 

Após os 30 minutos de pregão, a B3 volta a operar normalmente. Caso a desvalorização continue e alcance o percentual de 15% de diferença com o faturamento do dia anterior, a Bolsa voltará a fechar por mais uma hora.

O circuit breaker do Bovespa em 1998 com a crise financeira da Rússia é um exemplo de pregão de uma hora devido a uma queda brusca de 15,82%, no dia 10 de setembro. Vale ressaltar que a B3 já havia acionado esse mecanismo outras quatro vezes.

20% do Ibovespa

Como último recurso, se após a reabertura da Bolsa o índice continuar em queda e chegar aos 20%, a B3 suspende todas as operações do mercado de ações sem um prazo definido para que as negociações sejam liberadas novamente.

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Murilo Bássora

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