Empreendedorismo2 de agosto de 2016 Tempo de Leitura: 3 minutos

Crédito para empresas direto com investidores: você conhece?

Por Murilo Bássora

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O histórico do Brasil em juros cobrados pelos bancos e acesso ao crédito está longe de ser um motivo de orgulho. Quem sofre é a economia, refletida diretamente na dificuldade que os empresários brasileiros têm de conseguir crédito para empresas por meio das instituições financeiras tradicionais.

A situação afeta com mais força os donos de empreendimentos de pequeno e médio porte, aqueles que mais empregam e que mais precisam de ajuda para o seu desenvolvimento. Não deveria ser assim, quando o objetivo é dar fôlego a um negócio e ajudar o país a crescer.

Esta dificuldade, no entanto, está relacionada ao modelo atual do mercado financeiro. Acompanhe o nosso artigo para entender mais!

Como funciona o esquema tradicional de crédito para empresas?

Em linhas gerais, um banco tradicional capta dinheiro no mercado a um valor de juros baixo — ou seja, pagando pouco ao investidor que empresta o seu dinheiro para o banco — e empresta este dinheiro a outras empresas ou a pessoas físicas cobrando juros bem maiores.

Por exemplo, em uma operação comum com CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro), o banco paga uma taxa ao investidor de cerca de 90% a 100% do valor do papel, enquanto empresta este valor ao empreendedor por uma taxa de até 300%.

Esta diferença de quanto os bancos pagam pelos recursos e cobram de seus clientes é chamada spread bancário, e é formada pelo lucro dos bancos, taxa de inadimplência, custos administrativos, depósitos compulsórios, tributos cobrados pelo governo, entre outros.

No Brasil, eles estão entre os mais altos do mundo, o que torna o crédito para empresas excessivamente caro.

Qual o valor do spread bancário?

De acordo com o último boletim de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, divulgado pelo Banco Central no final de julho, a diferença entre as taxas de captação e empréstimo dos bancos alcançou os 39,7 pontos percentuais (p.p.), uma alta de 9,2 p.p. em relação aos últimos doze meses.

Esta alta é refletida nos juros altíssimos cobrados dos empresários pelos maiores bancos brasileiros. Veja alguns exemplos calculados pelo Departamento de Economia da FIESP entre 7 e 13 de julho:

*Válida para a linha prefixada de Capital de Giro com prazo de até 365 dias.

Qual a solução?

Neste cenário, as ferramentas que facilitam a obtenção de crédito têm grande potencial de crescimento. É o caso do conceito do peer-to-peer ou P2P lending, uma forma de desintermediação do mercado de empréstimos, que substitui os bancos tradicionais.

Por meio de plataformas on-line que conectam diretamente investidores, pessoa física ou jurídica, e solicitantes, é possível cobrar taxas menores dos empresários e oferecer retornos bem mais interessantes aos credores. O resultado é maior velocidade e facilidade em conseguir os recursos para os empresários, e um negócio ainda mais rentável para os investidores.

Em 2015, este formato movimentou cerca de US$ 61 bilhões globalmente, como mostra o gráfico abaixo:

Gráfico: P2P Lending Global Growth

É mais impressionante ainda ver que esse valor deve dobrar esse ano (2016), e quase quintuplicar até 2020.

Levando em conta que, no Brasil, quase metade das empresas de pequeno porte estão em débito com os bancos, um novo sistema de crédito para empresas, que olhe menos para o seu passado e mais para os seus planos, é mais que bem-vindo.  A Nexoos já trabalha com P2P Lending para pequenas e médias empresas no país.

Para saber mais sobre o P2P Lending? Escrevemos esse artigo super completo sobre o tema!

Murilo Bássora

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