Mercado28 de abril de 2017 Tempo de Leitura: 4 minutos

Vida depois da aceleradora de startup: o que deve ser feito?

Por Murilo Bássora

ÍNDICE

Se você possui uma startup, então provavelmente já conhece os desafios do empreendimento. Conseguir investimentos para desenvolver o projeto, conquistar clientes e se firmar no mercado pode parecer um grande desafio. E, de fato, sem o auxílio de capital externo, muitas startups morrem na praia, por mais que suas ideias pareçam promissoras.

Nesse cenário, entra a aceleradora de startup: uma empresa que tem como objetivo fornecer todo o aporte necessário para o seu projeto se desenvolver, crescer e se estabelecer, otimizando todos os processos do negócio.

A ideia das aceleradoras é transformar a sua startup em um negócio bastante lucrativo e consolidado no mercado. Mas, para desfrutar desses benefícios, seu projeto precisa ter um alto potencial de crescimento, ser escalável, ter um produto inovador e que não precise de um grande aumento nos custos de produção para render mais lucros.

Além do investimento em capital, as aceleradoras de startup contribuem com mentorias, experiências dos próprios investidores e networking. A ideia é fazer a sua empresa crescer até que atinja o ponto de equilíbrio, otimizando os processos administrativos, produtivos e financeiros da organização. E, por fim, criar uma rede de relacionamentos que poderá agregar muito valor para a solução que o seu projeto está oferecendo.

A vida depois da aceleradora de startup

Porém, chegará um ponto em que sua empresa precisará “sair” da aceleradora para caminhar com as próprias pernas. E, muitas vezes, apesar do número de clientes e do estabelecimento no mercado, será necessário conseguir investimentos para continuar crescendo, melhorando o produto e consolidando a posição da startup em sua área de atuação.

O investimento de capital de uma aceleradora muitas vezes é enxuto, ou seja, apenas o necessário para que a startup se estabeleça no mercado. Por isso, o empreendedor deverá buscar outras fontes de investimento para fazer seu negócio se expandir.

O empreendedor deverá encontrar alternativas para conseguir o capital necessário para que sua startup continue crescendo. Nesse cenário, entram os investidores-anjo, grupos de investidores, instituições financeiras e, até mesmo, amigos e parentes como possibilidades para conseguir o dinheiro necessário para o projeto.

Como conseguir investimentos

A aceleradora de startup, geralmente, é a primeira rodada de investimentos que uma organização recebe. Após isso, como já citamos, o empreendedor deverá buscar outros investidores para suprir a demanda necessária para o projeto continuar se desenvolvendo. Confira a seguir algumas opções de investidores e aportes financeiros a que deverá recorrer para conseguir mais investimentos para sua startup:

1. Família, amigos e tolos

Também conhecido como Family, Friends and Fools, o FFF é um investimento a que muitas startups recorrem. Esse é um bom recurso para conseguir capital rapidamente, tendo em vista que as pessoas próximas a você conhecem seu projeto, sua dedicação e, provavelmente, acreditam que essa ideia possa vingar (ou continuar vingando) no mercado.

Geralmente, as negociações se diversificam entre R$ 20 mil e R$ 60 mil, em troca de 3% a 6% do negócio. Contudo, é preciso tomar cuidado para que os assuntos de negócios não se infiltrem no ambiente familiar, pois essa atitude pode afetar a saúde da startup, assim como desgastar as relações familiares.

2. Investimento anjo

Investidores-anjo são empresários que, caso se interessem por sua startup, poderão oferecer um aporte de R$ 200 mil até R$ 500 mil como investimento inicial. Para conquistar um investimento anjo para o seu negócio, é necessário que ele tenha uma ideia muito boa, um produto promissor e, preferencialmente, já esteja estabelecido no mercado.

Nesse cenário, é recorrente que o investidor fique com 5% a 15% de participação em sua startup. Mas isso é negociável e varia dependendo do faturamento, valuation, lucros etc.

3. Capital Semente

Também conhecido como seed money, esse tipo de investimento é um passo após o investimento anjo. Contudo, esse termo algumas vezes é confundido no Brasil, pois ambos os tíquetes se misturam, dependendo do tamanho do investimento.

Alguns fundos de investimentos consideram que um investimento entre R$ 200 mil e R$ 500 mil é capital semente, enquanto outros consideram que, para ser classificado como seed money, o tíquete parte dos R$ 800 mil a R$ 2 milhões.

4. Oferta Pública Inicial

Esse é o ponto a que poucas startups chegam: a bolsa de valores. Também conhecida como IPO, essa forma de financiamento acontece quando o capital da empresa (nessa altura, a organização já deixou de ser uma startup) é aberto na bolsa.

Nesse momento, qualquer pessoa que acredite em seus produtos ou serviços poderá comprar ações da mesma. É comum vermos ex-donos com uma participação de 20% a 30% da empresa, enquanto o restante das ações estão divididos entre sócios, acionistas e investidores.

Para conseguir investimento de grupos internacionais, o empreendedor deverá considerar abrir uma instituição em outros países. Isso porque muitos investidores não investem em países de que desconhecem as leis.

A importância de uma sede física (própria) para a startup

Mesmo que não haja a necessidade, no início, para criar uma unidade física para o seu projeto, é altamente recomendável você passar a considerar essa ideia. Principalmente para receber investimentos, contar com uma sede física para sua startup é essencial para realizar reuniões e demonstrar mais credibilidade em seu negócio.

Mesmo que não seja possível concentrar todo o seu time na unidade, o empreendedor poderá centralizar algumas operações na sede. As reuniões, por exemplo, podem ser feitas nas dependências da empresa.

Muitas startups iniciam suas atividades sem a necessidade de contar com uma sede. Porém, à medida que o negócio for se expandindo, o investimento será necessário para várias atividades, se tornando um sinal de que a startup está crescendo e se solidificando, cada vez mais, em seu mercado.

Conclusão

Depois de passar por uma aceleradora de startup, você terá uma visão mais madura de seu projeto, sabendo identificar todos os pontos fortes e que precisam ser trabalhados para continuar expandindo. Nesse momento, será necessário conseguir investimentos, e o empreendedor verá que essa tarefa não é tão fácil assim.

Por isso, é importante tentar em diferentes fontes, sempre explicitando qual é a solução que sua startup oferece e como ela poderá melhorar o mundo quando se consolidar no mercado.

Murilo Bássora

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